Benefícios do Treino de Força na Saúde

O treino de força, também designado por treino resistido, baseia-se em sobrecargas progressivas para promover adaptações musculo-esqueléticas e metabólicas.

A investigação científica demonstra que este tipo de exercício contribui para a melhoria da composição corporal, a redução do risco de doenças crónicas não transmissíveis (como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares) e auxilia no controlo da pressão arterial (Strasser & Schobersberger, 2011; Williams et al., 2007; Bennie et al., 2020). Adicionalmente, a preservação e o aumento da massa muscular decorrentes do treino de força são essenciais para a manutenção da capacidade funcional, sobretudo em populações idosas, promovendo a independência e reduzindo o risco de quedas (Westcott, 2012; Liu & Latham, 2009).

A prática regular de exercícios resistidos estimula igualmente o aumento da densidade mineral óssea, atenuando a ocorrência de osteopenia e osteoporose, especialmente em mulheres após a menopausa (Williams et al., 2007; ACSM, 2009). Cumpre ainda salientar que há evidências do efeito anabólico e da melhoria nos parâmetros de força, sublinhando a importância de estratégias de progressão e periodização do treino (Kraemer & Ratamess, 2004; Schoenfeld, 2010).

Em síntese, a inclusão de exercícios de força em programas de atividade física revela-se fundamental na promoção da saúde e prevenção de doenças, devendo ser cuidadosamente planificada para maximizar a segurança e a eficácia.

Texto de: David Miguens
(Fisiologista do Exercício)


Referências:

  • Strasser, B., & Schobersberger, W. (2011). Evidence for resistance training as a treatment therapy in obesity. Journal of Obesity, 2011, 482564.

  • Williams, M. A., Haskell, W. L., Ades, P. A., et al. (2007). Resistance exercise in individuals with and without cardiovascular disease: 2007 update: a scientific statement from the American Heart Association Council on Clinical Cardiology and Council on Nutrition, Physical Activity, and Metabolism. Circulation, 116(5), 572-584.

  • Bennie, J. A., De Cocker, K., Smith, J. J., et al. (2020). Muscle Strengthening Exercise Epidemiology: A New Frontier in Chronic Disease Prevention. Sports Medicine - Open, 6(1), 40.

  • Westcott, W. L. (2012). Resistance training is medicine: effects of strength training on health. Current Sports Medicine Reports, 11(4), 209 216.

  • Liu, C. J., & Latham, N. K. (2009). Progressive resistance strength training for improving physical function in older adults. Cochrane Database of Systematic Reviews, (3), CD002759.

  • American College of Sports Medicine (ACSM). (2009). Progression Models in Resistance Training for Healthy Adults. Medicine & Science in Sports & Exercise, 41(3), 687-708.

  • Kraemer, W. J., & Ratamess, N. A. (2004). Fundamentals of resistance training: progression and exercise prescription. Medicine & Science in Sports & Exercise, 36(4), 674-688.

  • Schoenfeld, B. J. (2010). The mechanisms of muscle hypertrophy and their application to resistance training. Journal of Strength and Conditioning Research, 24(10), 2857-2872.



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