Como a psicoterapia pode transformar o nosso cérebro
A neuroplasticidade e a flexibilidade psicológica são dois conceitos-chave que explicam como seu cérebro se transforma após a psicoterapia, promovendo uma vida mais equilibrada e saudável.
A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro se reorganizar, formar novas conexões e de se adaptar perante experiências adversas.
As evidências científicas mostram que a psicoterapia pode transformar o nosso cérebro:
A terapia Cognitivo Comportamental (TCC) e Terapia de Aceitação e compromisso (ACT), ambas de 3ª geração, podem modificar a estrutura cerebral, fortalecendo circuitos ligados ao bem-estar emocional (DeRubeis et al., 2019).
Os estudos mostram TCC aumenta a atividade no córtex pré-frontal, região fundamental para a regulação emocional e controlo de impulsos (DeRubeis et al., 2019).
Já práticas como mindfulness aumentam a densidade de matéria cinzenta no hipocampo, promovendo maior resiliência emocional (Tang et al., 2015).
A psicoterapia reduz igualmente a hiperatividade da amígdala, ajudando a controlar o stress e a ansiedade (Goldin et al., 2023).
Indivíduos com maior flexibilidade psicológica têm uma maior capacidade de adaptação e menor risco de recaída em transtornos emocionais (Hayes et al., 2012).
A prática de aceitação e mindfulness favorecem igualmente a conectividade cerebral entre regiões responsáveis pela regulação emocional e pela tomada de decisões (Zeidan et al., 2011).
Ao aprender a aceitar emoções difíceis e agir de forma diferente diante de desafios, estamos literalmente a mudar o nosso cérebro e a criar novos padrões de comportamento.
Texto de: Mariana Costa
(Psicóloga Clínica)